Rosemberg Pinto assume lugar de Adolfo Menezes e brinca com presidente da Assembleia: “Daqui não saio mais”

Foto: Política Livre

Durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa da manhã desta quinta-feira (18), quando o governador Jerônimo Rodrigues (PT) foi à Casa para entregar o projeto de lei que reestrutura a carreira dos professores indígenas, um fato inusitado agitou os parlamentares.

O presidente da Assembleia, deputado Adolfo Menezes (PSD), precisou se ausentar e pediu ao líder do governo, deputado Rosemberg Pinto (PT), que estava ao lado na mesa dos trabalhos, assumisse interinamente o comando da sessão. O petista ficou no lugar de Adolfo por cerca de dez minutos.

Ao retornar, Adolfo tocou no ombro de Rosemberg e pediu para reassumir o lugar. Foi quando o líder do governo brincou e disse que dali não ia sair mais. “Sente do lado”, respondeu o petista, para gargalhada geral de Jerônimo e dos parlamentares em plenário. Depois da brincadeira, o presidente da Casa reassumiu o posto.

Embora costume dizer que nunca se colocou como candidato, nos bastidores toda a Assembleia sabe que Rosemberg deseja, de fato, o lugar de Adolfo Menezes, que, por sua vez, almeja ser presidente da Casa pela terceira vez consecutiva.

Em março deste ano, aliados de Adolfo, em entendimento com o presidente, aprovaram uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para alterar a Carta estadual e permitir uma segunda reeleição do atual chefe do Poder. Entretanto, Rosemberg tem pregado que Adolfo não poderia concorrer novamente por conta da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF).

Desde que a PEC foi aprovada, Adolfo Menezes tem evitado falar do assunto. Ele avisou que só deseja tratar da questão depois das eleições municipais. A nova Mesa Diretora da Assembleia só será eleita em fevereiro de 2025.

Jerônimo Rodrigues já sinalizou ser contrário à reeleição. Em diversas entrevistas, defendeu a alternância de poder na Assembleia, mas também é defensor da autonomia do Legislativo. Vale frisar que, além de Rosemberg, há outros parlamentares de olho na presidência, inclusive alguns dos apoiadores de Adolfo. Mas nenhum tem a mesma força política do atual presidente na Casa.

*Política Livre

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