Quaest: Lula tem 49%, e Bolsonaro, 41%; brancos e nulos são 6%, e indecisos, 4%

Foto: Reprodução

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua à frente na disputa presidencial de segundo turno, com 49% das intenções de voto contra 41% do presidente Jair Bolsonaro (PL), aponta pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira (13).

No primeiro levantamento, realizado há uma semana, o petista tinha 48%, e o atual mandatário, 41% —a diferença entre eles, portanto, oscilou de sete para oito pontos percentuais. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos.

Os indecisos variaram de 7% para 4% e os que pretendem votar em branco, nulo ou não votar, de 4% para 6%, indica o levantamento, que é financiado pela corretora de investimentos digital Genial Investimentos, controlada pelo banco Genial.

O quadro de estabilidade se explica pelas variações registradas em duas regiões: no Nordeste, Lula subiu seis pontos percentuais e tem agora 68% das intenções de voto, contra 24% de Bolsonaro. No Sudeste, o presidente cresceu cinco pontos e registrou 46%, contra 41% do rival.

Considerando apenas os votos válidos —que excluem os brancos e nulos e são usados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para totalizar o resultado das eleições—, o petista tem no total 54%, e o presidente, 46%, mesmo resultado da sondagem anterior.

Nesta rodada, a empresa de consultoria e pesquisa incluiu um novo cálculo considerando os eleitores com maior probabilidade de ir votar no dia 30 de outubro. Por essa conta, Lula tem 53% dos votos válidos, e Bolsonaro, 47%.

O modelo de likely voter (eleitor provável) foi construído a partir de dados do comparecimento real no primeiro turno desta eleição e de pesquisas anteriores da Quaest, que demonstram uma diferença significativa entre a abstenção declarada e a abstenção real.

A porcentagem de eleitores decididos é semelhante entre os que dizem escolher o atual mandatário (94%) e o petista (93%). Considerando 1% dos lulistas que não responderam, 6% dos apoiadores de cada um ainda estão em disputa.

O levantamento mostra ainda uma movimentação significativa entre os eleitores de Ciro Gomes (PDT): os que pretendem votar em Lula passaram de 39% para 54%. Já entre os eleitores de Simone Tebet (MDB), 31% agora não querem votar em nenhum dos dois (eram 20% na semana passada).

Outra pergunta feita aos entrevistados aponta que 47% dos que têm a intenção de votar em Bolsonaro o fariam para impedir a volta do PT ao governo. Enquanto isso, 43% votariam no petista para tirar o atual presidente do poder.

A pesquisa da Quaest ouviu 2.000 pessoas com mais de 16 anos em seus domicílios, de segunda (10) até a noite desta quarta (12). O número do registro na Justiça Eleitoral é BR-07106/2022.

As pesquisas eleitorais são um retrato da intenção dos eleitores no momento em que as entrevistas são feitas, e não uma projeção do resultado eleitoral, que só será conhecido no dia do pleito, com a apuração oficial.

Até o instante de apertar o botão na urna, muitas variáveis podem fazer com que as pessoas mudem de posição. Para fazer uma análise mais ampla do cenário eleitoral, o eleitor deve levar em conta o conjunto de questões que os levantamentos abordam, e não um único indicador.

O presidente Jair Bolsonaro, aliados e apoiadores têm criticado os institutos de pesquisa pelas diferenças entre os dados dos levantamentos feitos em dias anteriores à votação do primeiro turno e o resultado da eleição divulgado pelo TSE.

No primeiro turno, no dia 2, Lula obteve 48,4% dos votos válidos, ante 43,2% de Bolsonaro. A terceira colocada, Simone Tebet (MDB), ficou com 4,2% e Ciro Gomes (PDT), com 3%.

Abstiveram-se 33 milhões de eleitores, o equivalente a 21% do eleitorado do país. Os votos em branco ou nulos para presidente no primeiro turno somaram 5,5 milhões, o correspondente a 4,4% dos que compareceram às seções eleitorais.

Lula foi o mais votado em todo o Nordeste, em Minas Gerais e em quatro estados do Norte. Já Bolsonaro ficou à frente no Sul e no Centro-Oeste, em três estados do Sudeste e em outros três do Norte.

Via Folhapress

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