Rui Costa vira alvo de dossiê por causa da compra de apartamento de alto luxo, diz Veja

Foto: Reprodução / Instagram / Arquivo

Depois de veículos locais terem noticiado, a Revista Veja, na edição que vai às bancas no dia 18 de outubro, mas já está disponível na versão online da publicação, também noticia a compra de um imóvel de alto luxo pelo governador Rui Costa (PT) no 4º andar do Edifício Mansão Bahiano de Tênis, na Graça, em Salvador. Só que acrescenta que a aquisição, vista com suspeição por opositores do petista, resultou num dossiê que, na semana passada, circulou em Brasília dando detalhes da operação de compra do apartamento.

De acordo com documentos cartoriais mencionados por Veja, além da quantia de R$ 2,1 milhões, o governador financiou o restante do valor em 180 meses. Segundo a publicação, o citado dossiê insinua que o governador não teria como justificar a origem dos recursos usados na transação. O imóvel possui 305 metros quadrados, varanda gourmet, quatro suítes, closet e jardim. Um corretor da Graça Empreendimentos Imobiliários, que é proprietária do prédio, informou à revista que o custo médio de um apartamento na mansão é de R$ 4 milhões, podendo chegar a R$ 16 milhões à medida que se chega aos andares mais altos no total de 21.

Conforme as informações do corretor dadas a Veja, o governador teria conseguido um desconto de quase 50% no valor venal do apartamento de luxo. Mas há um detalhe: a Graça Empreendimentos pertence ao grupo Moura Dubeux, uma das maiores incorporadoras do Nordeste, que cinco meses antes do fechamento do negócio com Rui Costa, resolveu um litígio para construir a mansão com 21 andares e não somente 12 como demonstrado em relatório emitido pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac).

No primeiro relatório, ao analisar o pedido da construtora, a autarquia ligada ao governo estadual não autorizou o empreendimento por entender, conforma a revista, que ultrapassava “os critérios considerados aceitáveis para preservar o conjunto paisagístico” da região. O despacho foi assinado por João Carlos Cruz de Oliveira, diretor-geral do Ipac. No início deste ano, entretanto, o Ipac mudou completamente o entendimento e liberou a construção da mansão com 21 andares.

A explicação do Ipac para liberar o empreendimento, segundo relatado por Veja, foi: “Observando-se as simulações da inserção da volumetria do empreendimento apresentadas pelo requerente, entendeu-se que sua implantação não acarretaria impedimentos de visibilidade do conjunto tutelado, apenas se integra numa relação de ambiência adjacente à poligonal tombada, já caracterizada por verticalização e elevada descaracterização”.

A revista diz que, apesar das suspeitas, “não há prova objetiva de irregularidades envolvendo Rui Costa, a empreiteira ou a compra do apartamento”. O episódio, entretanto, deve ser utilizado na campanha do candidato a governador ACM Neto (União Brasil), que disputa contra Jerônimo Rodrigues (PT), candidato apoiado por Rui, o cargo de governador que será exercido a partir de 1º de janeiro de 2023.

*Política Livre

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