Presidente do Bahia minimiza 7 a 3 e diz que Ba-Vi de 2018 foi mais impactante: “Medo da goleada”

Bahia venceu o Vitória por W.O em 2018 | Foto: Felipe Oliveira / ECB

A pimenta do clássico Ba-Vi não poderia deixar de ser assunto na entrevista com Guilherme Bellintani ao Projeto Prisma. Nesta quinta-feira (9), o mandatário tricolor falou sobre a situação de instabilidade que o seu rival vive nos últimos anos e citou o jogo entre as duas equipes em fevereiro de 2018, quando o Rubro-negro teve cinco jogadores expulsos no Barradão e a partida foi encerrada por insuficiência de atletas.

Na opinião do gestor, esse clássico em questão, por conta do “medo da goleada”, foi mais impactante do que as goleadas de 5-1 e 7-3 na temporada 2013.

“Zero de dúvida. O pessoal fala que o Vitória deu 7 a 3, 5 a 1 e o Bahia nunca goleou. Acima de uma goleada existe o medo da goleada. Isso é mais representativo. É uma marca. Aquele dia é muito marcante para nós. O clube não aceitou uma potencial goleada. Ali teve um movimento, não sei afirmar isso, mas a minha leitura é de que talvez achassem que o jogo terminasse naquele momento, seria 2 a 2. O que quero dizer? É importante que as pessoas saibam que é nos momentos de crise que a gente vê a grandeza das pessoas”, disse.

O fato do Vitória ter passado por uma grave crise política, com muitas trocas de presidentes, também foi apontada como diferencial para o Vitória ter passado por maus bocados nos últimos anos.

“Por quê o Vitória em 2017 estava em um nível que o Bahia não estava? Montou um time, o Vitória gastou o que tinha e o que não tinha e ali começou um processo de decadência, mas não foi por aquilo que o Vitória caiu para Série C. O Vitória chegou à Série C pela forma que reagiu à crise. Troca de presidente, protesto, impeachment, derruba, 5 presidentes…”, explicou.

Hoje, o Vitória é presidido por Fábio Mota, amigo pessoal e ex-colega de secretariado municipal do presidente tricolor. Bellintani acredita que ele é capaz de reerguer o Leão e destacou que o futebol precisa defender pessoas que lutam pelos seus clubes.

“Fábio tem uma capacidade grande de reestruturar o Vitória. Às vezes engasga no futebol, mas Fábio é um cara de altíssimo nível. Quantas pessoas que são boas no seu trabalho, são sérias, que aceitam o desafio de assumir um clube? Se a gente não cuidar dessas pessoas, vamos atrair bandidos para o futebol. A gente não cuida dessas pessoas e acaba atraindo quem não tem nada a perder. A gente precisa que o futebol abra espaço e proteja pessoas que fazem o bem. É muito desgastante para nós”, destacou.

*Bahia Notícias

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