Smartwatch pode interferir em marcapasso, diz estudo

Imagem destacada: Nanci Santos Iglesias/Shutterstock

Os dispositivos vestíveis inteligentes (wearables), como relógios, anéis ou até mesmo balanças usadas em exames físicos – como a bioimpedância -, podem interferir em aparelhos cardíacos, como marcapassos.

Um estudo apontou que dispositivos eletrônicos implantáveis cardíacos (CIEDs), desfibriladores cardioversores implantáveis (CDIs) e dispositivos de terapia de ressincronização cardíaca (CRT) podem sofrer alterações no caso do uso desses aparelhos inteligentes, voltados à regulação de atividades físicas.

Segundo os pesquisadores desse estudo, a corrente elétrica que é usada em dispositivos inteligentes vestíveis para o exame de bioimpedância interferiu no funcionamento correto de alguns dispositivos cardíacos implantados de três fabricantes diferentes.

‘’A detecção de bioimpedância gerou uma interferência elétrica que excedeu as diretrizes aceitas pela Food and Drug Administration (agência reguladora de saúde nos EUA) e interferiu no funcionamento adequado do CIED.

Benjamin Sanchez Terrones, doutor pela Universidade de Utah e pesquisador principal do estudo.’’

Como os dispositivos com bioimpedância funcionam

A tecnologia usada na bioimpedância envia uma corrente elétrica pequena e imperceptível para medir a composição corporal do indivíduo. Com essa métrica, é possível medir o nível de gordura corporal, massa muscular, nível de estresse e até calcular a respiração;

Os rastreadores usados nesses aparelhos geralmente são capazes de medir distâncias percorridas, passos, frequência cardíaca, pressão arterial, calorias diárias queimadas e até monitorar o sono.

Dr. Benjamin Sanchez afirma que os resultados do estudo não demonstraram riscos imediatos ou alertas para os pacientes portadores de rastreadores como o marcapasso, mas os diferentes níveis de corrente elétrica emitidos pelos dispositivos vestíveis poderão resultar em interrupções de ritmo ou até mesmo choques no coração. Por isso, mais pesquisas são deverão ser realizadas para determinar o nível real de risco que o uso desses dispositivos apresenta, conclui Sanchez.

*Olhar Digital

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