Análise aponta que idosos sem histórico de infarto ou derrame não devem tomar aspirina
Uma nova pesquisa publicada na última quarta-feira (26), sobre os dados de um ensaio clínico com idosos saudáveis localizou taxas maiores de sangramento cerebral entre pessoas mais velhas que consumiram aspirina em baixas doses diariamente, sem nenhuma proteção significativa contra derrames.
A publicação da revista médica Jama é a mais nova evidência acerca de que o uso de aspirina em baixa dose, retarda a ação de coagulação das plaquetas. Mesmo não sendo apropriada para pessoas que não possuem histórico de problemas cardíacos ou sinais de alerta de derrame. Idosos propensos a quedas, que podem ocasionar hemorragias cerebrais, precisam ser especialmente cautelosos ao tomar aspirina, segundo os resultados da análise.
As novas informações apontam a recomendação da Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos, concluída em 2022, sobre que a aspirina em baixa dose não deveria ser prescrita para prevenção de um primeiro ataque cardíaco ou derrame em idosos saudáveis.
“Podemos ser muito enfáticos ao dizer que pessoas saudáveis que não tomam aspirina e não têm múltiplos fatores de risco não devem começar agora”, explicou Randall Stafford, professor de medicina e pesquisador de saúde pública da Universidade de Stanford
O médico reconheceu, porém, que a decisão é menos clara para pessoas que não se encaixam nessa descrição.
“Há quanto mais tempo você toma aspirina e quanto mais fatores de risco tem para infartos e derrames, mais obscuro fica”, afirmou ele.
O uso da aspirina mostrou a redução da ocorrência de acidente vascular cerebral isquêmico —um coágulo num vaso que fornece sangue ao cérebro mesmo não significativo. Os estudiosos reconheceram ainda um aumento significativo de 38%, de sangramento intracraniano entre as pessoas que tomaram aspirina diariamente, em comparação com as que tomaram uma pílula de placebo diariamente.
*Bahia Notícias
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