Vacina diminui número de mortes e casos de Sarampo no mundo, aponta Opas
A adesão da vacina contra o sarampo influenciou a queda no número de mortes e casos de sarampo no Brasil e no mundo. De acordo com dados da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a vacinação contra o sarampo evitou cerca de 21, 1 milhões de mortes entre 2000 a 2017 no mundo. Antes da imunização, a doença matava 2,6 milhões por ano no mundo antes da existência da vacina.
O aumento da imunização fez também com que a enfermidade fosse considerada menos fatal por médicos, especialistas e boa parte da população. De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente, uma em cada 20 crianças com sarampo podem evoluir para um quadro de pneumonia, que é a causa mais comum de morte por sarampo na infância.
A pasta apontou ainda que cerca de uma em cada dez crianças com sarampo podem desenvolver uma otite aguda que pode resultar em perda auditiva permanente.
Segundo publicação da Agência Brasil, o integrante da Comissão Permanente de Assessoramento em Imunizações do Estado de São Paulo, Guido Levi afirmou que viu a transformação e mudança realizadas pela vacina.
“O sarampo era uma das doenças mais graves que acometiam a infância e uma das que causavam maior mortalidade. Quando fui consultor do Hospital Infantil da Cruz Vermelha Brasileira, em São Paulo, no começo da década de 1980, metade do hospital era tomada por crianças com sarampo, e com altíssima mortalidade”, relembrou Guido Levi.
O avanço da vacinação permitiu ainda que a enfermidade fosse “ eliminada” não apenas do Brasil, mas de todo o continente americano, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que considerou o continente o primeiro a se livrar da doença.
A vacinação contra o sarampo no Programa Nacional de Imunizações (PNI), que completa 50 anos em 2023, acontece por meio das vacinas tríplice viral e tetra viral. A primeira é aplicada quando a criança completa o primeiro ano de vida, e protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Já a segunda é indicada para os 15 meses de vida, com ao menos 30 dias de intervalo após a tríplice viral.
Já na tetra viral, além das três doenças da tríplice, a proteção está incluída a varicela, causadora da catapora na infância e da herpes zoster na vida adulta. Quando a tetra não estiver disponível no posto, ela pode ser substituída por uma dose da tríplice viral e uma dose da vacina varicela monovalente.
*Bahia Notícias
Os comentários estão fechados, mas trackbacks E pingbacks estão abertos.