Google teria violado leis e fechado parcerias para impedir concorrência
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos, Google e testemunhas se reuniram nesta quarta-feira (13) para o segundo dia de julgamento contra a big tech. O processo vai decidir se a empresa adotou práticas ilegais de monopólio digital.
Segundo dia de julgamento
- No segundo dia de julgamento contra o Google, a Justiça norte-americana continuou questionando a relação da empresa com companhias de telefonia móvel e outras que teriam a ajudado a popularizar o seu mecanismo de busca.
- No primeiro dia, o advogado do Google, John Schmidtlein, disse que o governo errou ao acusar a empresa de usar sua participação no mercado para violar leis e garantir práticas de monopólio digital.
- Segundo a Reuters, o governo voltou a afirmar que a Alphabet, empresa que controla a big tech, paga US$ 10 bilhões anualmente a diferentes companhias – fabricantes de celulares, como a Apple, e de navegadores, como a Mozilla – para priorizar o seu buscador em detrimento de outros, como o Bing.
- Esse comportamento deu ao Google cerca de 90% de participação no mercado, segundo a acusação.
Testemunhas
Nesta quarta-feira, Chris Barton, fundador do Shazam que trabalhou para o Google entre 2004 e 2011, afirmou que a big tech rapidamente entendeu as vantagens de ter usuários usando exclusivamente seu buscador em dispositivos móveis. Assim, a empresa teria estimulado parcerias com empresas do setor, como operadoras de celular.
Nessas parcerias, segundo Barton, o buscador do Google seria o padrão dos smartphones e dispositivos. Caso o Bing fosse o padrão, os usuários não poderiam acessar o Google, pressionando pela mudança.
Esse é um dos motivos pelos quais a big tech está sendo acusada de violar leis antitruste, que impedem empresas de dominarem um setor do mercado e suprimirem a concorrência.
O Olhar Digital já explicou as acusações e o que pode acontecer caso o Google perca nesta reportagem.
*Olhar Digital
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