Sinais de colesterol alto podem aparecer nos pés. Saiba quais

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Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 40% da população brasileira tem colesterol alto. A doença, que é causada pelo acúmulo de gordura no sangue decorrente principalmente da alimentação desregrada, pode levar a outras condições de saúde potencialmente fatais, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC), aneurisma de aorta abdominal e doença arterial periférica.

A gordura acaba se acumulando nas artérias e prejudicando o fluxo sanguíneo. Porém, um dos principais problemas do colesterol alto é que, apesar de muito perigoso, o quadro não costuma apresentar sinais nos primeiros estágios.

Mas, conforme a condição progride, os sintomas sutis vão aparecendo — e alguns deles podem aparecer nos pés do paciente.

“Em casos de doença arterial periférica, por exemplo, o indivíduo pode apresentar dor, fadiga e cansaço nos pés, devido à má circulação sanguínea provocada pelo excesso de gordura no sangue. Os pés e as pernas podem apresentar claudicação intermitente, que é a dor durante a caminhada suficiente para fazer a pessoa parar por causa da fadiga”, alerta a cardiologista Érica Renata, da Clínica Cardiosenior, em Brasília.

De acordo com o cardiologista Paulo César Maciel, do Hospital do Coração do Brasil, também em Brasília, os pés podem ainda sofrer alterações na coloração da pele, como palidez, e unhas quebradiças. “É possível que ocorra perda de pelos nos membros, crescimento mais lento das unhas, diminuição do pulso nas pernas e nos pés, além do desenvolvimento de feridas e úlceras nos pés – que têm dificuldade em cicatrizar”, destaca.

Diagnóstico e controle do colesterol alto

Caso o paciente sinta dor de cabeça que não passa, fadiga, dor nas pernas ou no peito, a recomendação é procurar um cardiologista para avaliação. O diagnóstico do quadro de colesterol alto é feito principalmente pelo exame de sangue. Diante dos sinais de alerta, a cardiologista Érica pede que as pessoas não se automediquem e procurem um médico.

Já que o problema é a dificuldade vascular, o controle da doença passa por aumentar o fluxo sanguíneo por meio de medicamentos e/ou exercícios físicos regulares. O paciente deve parar de fumar e, em alguns casos, evitar o calor, que causa o estreitamento dos vasos sanguíneos.

Para evitar a alta nos níveis de colesterol no sangue, o cardiologista Maciel recomenda que seja feita a eliminação completa da gordura trans da dieta. “Ela está presente em pipocas de micro-ondas, margarinas, massas instantâneas, bolos prontos, salgadinhos de pacote, chocolates, sorvetes e biscoitos”, aponta.

*Metrópoles

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