Considerada ‘manobra amadora’, abstenção do PCdoB em votação ao TCM pode abalar relação com PT e governo
Um dia após a eleição do deputado estadual Paulo Rangel à vaga de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, abundavam críticas hoje na Assembleia Legislativa à postura do PCdoB de ausentar-se da votação em que ele obteve 36 votos contra 22 do adversário, o ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos).
Segundo parlamentares da base governista e petistas, depois de ter seu candidato, o deputado Fabrício Falcão, vetado pelo governo na disputa, a expectativa no Executivo e no PT era de que o partido aliado decidisse se abster ou votasse a favor do candidato petista, mas jamais que tivesse se ausentado da votação.
O grupo estima que, com a atitude, adotada pela bancada comunista como forma de demonstrar seu descontentamento com o PT e o governo, mas ao mesmo tempo evitar ser acusada de traição durante a escolha do conselheiro, Rangel deixou de ter os votos seguros dos deputados dos comunistas Zó e Bôbô.
“Como a eleição é sempre uma caixinha de surpresas, a decisão do PCdoB acabou produzindo uma tensão desnecessária na escolha de Rangel”, afirmou um deputado petista a este Política Livre, garantindo que haverá cobranças ao comando da legenda, cujo maior patrimônio no governo é o controle da Bahiagás.
Um outro parlamentar governista classificou a postura dos comunistas na Assembleia de “uma manobra amadora”.
*Política Livre
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