Dia Mundial de Combate à Asma: Doença mata até 5 pessoas por dia no Brasil

Foto: Freepik

Doença crônica que inflama os brônquios, a asma mata até cinco pessoas por dia no Brasil. No mundo, estima-se que a condição acometa cerca de 300 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença é caracterizada por sintomas como dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida, que podem piorar com a exposição à poeira, mofo, produtos químicos, fumaças e mudanças climáticas.  

Por conta da proximidade do Dia Mundial de Combate à Asma, lembrado em 7 de maio, se reforça o alerta de que a condição, apesar de não ter cura, pode ser tratada e controlada. 

De acordo com a médica pneumologista, Larissa Voss, para o diagnóstico da asma é necessária uma avaliação de um especialista, bem como a realização de testes de aptidão física e de exames complementares, como função pulmonar. 

“Pacientes asmáticos podem ter vida normal quando têm a doença controlada. As famosas bombinhas, quando usadas corretamente, podem, inclusive, salvar vidas e ser de grande auxílio no controle da asma. Com o tratamento adequado, os sintomas da asma podem melhorar e até mesmo desaparecer ao longo do tempo”, disse a médica.  

Cerca de 5% dos paciente com asma têm a forma grave da doença, fator que aumenta o risco de morte, número de hospitalizações e idas à emergência hospitalar, além de comprometer, de forma significativa, a qualidade de vida dos pacientes. “Por isso, é fundamental fazer acompanhamento médico correto e constante – a maioria das pessoas com asma pode levar uma vida absolutamente normal. O diagnóstico médico é fundamental, pois a asma tem sintomas bem característicos, mas podem ser confundidos com os de outras doenças. Entre os principais sintomas destacam-se tosse seca, chiado no peito, dificuldade para respirar, respiração rápida e curta, desconforto torácico e ansiedade”, lista. 

Um alerta da especialista é que se não tratada, a asma pode desencadear uma série de processos, que podem resultar em complicações, com necessidade de internação por ataques severos e até a necessidade de intubação orotraqueal e até mesmo a morte nos casos mais graves. 

“Uma vez confirmado o diagnóstico e classificada a gravidade da doença, é determinado o tratamento que visa sempre melhorar a qualidade de vida da pessoa, por meio do controle dos sintomas e pela melhora da função pulmonar. O tratamento medicamentoso é realizado ao mesmo tempo em que o paciente é educado a controlar os fatores que podem provocar a crise asmática. A base do tratamento da asma persistente é o uso de anti-inflamatório, sendo corticosteroides inalatórios os principais deles, associados a medicamentos de alívio, com efeito broncodilatador”, observa.

Conforme a pneumologista, no Sistema Único de Saúde (SUS) há medicações disponíveis para diversos graus da asma. Ela também cita a adição de novo medicamentos para o tratamento da asma grave. “Mais recentemente, foram adicionados dois novos medicamentos que contemplam os pacientes com asma grave, reduzindo o risco de crises de asma e a utilização de corticoide oral, dando uma melhor qualidade de vida para os pacientes”.

PREVENÇÃO 

Por fim, a médica também aponta a existência de medidas que podem contribuir para a prevenção da asma. “São medidas simples que podem ser adotadas no dia-a-dia, como manter o ambiente limpo, sem acúmulo de sujeira ou poeira, tomar sol, uma vez que a vitamina D está relacionada a uma série de doenças do aparelho imunológico, evitar cheiros fortes, vacinar-se contra a gripe, não fumar, manter o corpo agasalhado no frio, praticar atividades físicas regularmente, alimentar-se de forma balanceada, beber muita água e manter o peso ideal”. 

De acordo com a pneumologista, quando a crise é muito intensa e não é feito o tratamento correto, a asma pode levar à morte. “No surgimento dos primeiros sintomas, procure um médico imediatamente”, recomenda. 

*Bahia Notícias

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