Lúcio Vieira Lima confirma acordo com Pancadinha para que ACM Neto “não contamine” eleição em Itabuna com críticas ao governo estadual

Foto: Reprodução/YouTube/Arquivo

A aliança em torno da candidatura do deputado estadual Pancadinha (Solidariedade) em Itabuna, que coloca num mesmo palanque o União Brasil e o MDB, envolve um pacto de não agressão ao governo Jerônimo Rodrigues (PT) na maior cidade do sul da Bahia e onde há propaganda eleitoral de rádio e TV. A informação, revelada pela coluna Radar do Poder desta semana, foi confirmada ao site pelo presidente de honra do ninho emedebista, Lúcio Vieira Lima.

Lúcio disse que a presença do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) na campanha de Pancadinha “não vai contaminar a eleição municipal”. “O MDB, que também é da base do governador, assim como o Solidariedade, partido de Pancadinha, não permite que a disputa envolva ataques a Jerônimo, porque a disputa agora é municipal. Isso já foi conversado. O alvo das críticas tem que ser o prefeito Augusto Castro (PSD), que é nosso adversário e faz uma péssima gestão”, afirmou o dirigente emedebista ao site.

Embora o Solidariedade integre o conselho político de Jerônimo, Pancadinha sempre se colocou como um deputado de oposição. Buscou, ao lado ACM Neto, a quem apoiou nas eleições de 2022, ser o candidato único do grupo do ex-prefeito da capital em Itabuna. O acordo entre Neto e Pancadinha terminou com a retirada da candidatura de Capitão Azevedo, que estava no União Brasil, mas não viabilizou a saída de cena do nome lançado pelo PDT, Isaac Nery, que recusou a vice.

O MDB, por sua vez, defendia a candidatura do petista Geraldo Simões, ex-prefeito de Itabuna e ex-deputado federal. Como o PT decidiu apoiar a reeleição de Augusto Castro (PSD), que também é da base de Jerônimo, os emedebistas e Simões escolheram ficar ao lado de Pancadinha. O MDB indicou como vice na chapa do deputado o presidente municipal da sigla, Diego Pitanga.

“Não tínhamos como ficar com Augusto Castro, que era aliado de ACM Neto e apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de fazer um governo desastroso. Mas, com a saída de Geraldo Simões, ficamos com um candidato que é de um partido da base do governador. Ou seja, não mudamos de lado. Se alguém mudou foi o Neto, que teve até um gesto de grandeza ao deixar de lado embates sobre 2026 em Itabuna, até porque daqui para 2026 muita coisa vai mudar na política local da cidade”, declarou Lúcio.

*Política Livre

Os comentários estão fechados, mas trackbacks E pingbacks estão abertos.