Nova tecnologia pode livrar diabéticos de episódios de hipoglicemia; conheça

Novidade é esperança (Imagem: Thanakorn.P/Shutterstock)

Pessoas com diabetes precisam monitorar constantemente o nível de açúcar no sangue. Isso porque quantidades muito baixas de glicose, a hipoglicemia, pode causar efeitos adversos e até ser fatal. Um grupo de pesquisadores criou tecnologia que pode deixar a vida de diabéticos mais tranquila: partículas nanométricas que controlam o nível de açúcar por conta própria.

A invenção ainda está sendo testada, mas representa uma esperança para tratamentos preventivos da diabetes.

Como funciona a hipoglicemia

A hipoglicemia é caracterizada pelo baixo nível de açúcar no sangue e pode causar tontura, desmaios e convulsões em pessoas com diabetes – e, em casos graves, ser fatal.

A regulação funciona assim:

  • As células beta do pâncreas produzem insulina e glucagon. O primeiro diminui a glicose no sangue, enquanto o segundo aumenta;
  • A hipoglicemia acontece em casos de glicose abaixo de 70mg/dL;
  • Nesses casos, o pâncreas libera glucagon, o que instrui o fígado a liberar glicose para aumentar a glicemia.

Já existem versões injetáveis de glucagon, normalmente usadas em tratamentos de emergência, quando diabéticos estão com hipoglicemia grave. Mas, se fosse possível prevenir esses casos? Foi isso que um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) tentou.

Invenção pode tranquilizar vida dos diabéticos

O estudo conduzido pelos pesquisadores estadunidenses usou glucagon encapsulado por micelas, esferas em nanoescala feitas de substâncias solúveis em água que podem carregar outras substâncias dentro delas. Elas foram desenvolvidas para responder à glicose no sangue.

O grupo testou as micelas de glucagon em camundongos com hipoglicemia induzida em laboratório. Os roedores foram tratados com injeção das miscelas e atingiram nível de açúcar considerado normal em 40 minutos.

Os cientistas descobriram que a invenção libera o glucagon apenas em ambientes líquidos, tanto para os camundongos quanto em humanos. A parte mais importante é que, se injetadas em situação normal (na qual os roedores não estavam passando por um episódio de hipoglicemia), as micelas não liberavam o glucagon imediatamente e o faziam apenas quando o nível de açúcar diminuía.

Além disso, depois que as nanopartículas estavam vazias, não causavam nenhum tipo de reação aos órgãos.

Esperança para evitar episódios de hipoglicemia

De acordo com o New Atlas, mais pesquisas e testes são necessários para confirmar os benefícios das micelas de glucagon. Ainda assim, a tecnologia representa esperança para que, no futuro, diabéticos parem de se preocupar com seu próprio nível de açúcar no sangue e evitem episódios de hipoglicemia.

*Olhar Digital

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