ANS abre consulta e audiência pública para avaliar criação de plano de saúde para exames e consultas eletivas

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou, na última segunda-feira (10), a realização de uma consulta e de uma audiência pública para que toda a população brasileira avalie acerca da proposta de criação de um ambiente regulatório experimental. O pedido vai permitir que testes sejam feitos para criação de um plano de saúde com cobertura para consultas estritamente eletivas e exames.
A intenção da medida é simplificar o acesso da sociedade aos planos de saúde, expandindo a oferta e a diversidade de produtos na saúde suplementar, além de aumentar o alcance dos planos no Brasil, segundo a ANS.
“Atualmente, apenas 25% dos brasileiros têm planos de saúde, o que gera sobrecarga no SUS e uma grande demanda reprimida por planos de saúde, entre outras questões. Analisando o assunto, nós identificamos dificuldades de acesso ao setor de planos de saúde por três causas principais: a baixa oferta de planos individuais/familiares; as diferenças das regras para planos individuais e para coletivos; e a existência de regras restritivas para ingresso em planos coletivos. O que queremos agora é apresentar uma nova opção de plano voltada para pessoas físicas, com foco na atenção primária e secundária, com a segurança que um produto regulado oferece”, revelou o diretor de Normas e Habilitação dos Produtos, Alexandre Fioranelli.
A projeção do órgão é que esses planos sejam capazes de ampliar também o acesso ao atendimento na atenção primária e secundária. A organização tem a expectativa de que 10 milhões de brasileiros poderiam ser contemplados com essas novas operadoras, fazendo com que as filas de exames no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) tivessem uma folga e acelerassem os diagnósticos.
“De acordo com dados do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde, a atenção primária tem capacidade de resolver de 80% a 90% das necessidades de saúde de uma pessoa ao longo da vida”, ressaltou a agência.
Nos dois primeiros anos, a oferta desses planos aconteceria em caráter experimental sob acompanhamento minucioso. Depois, a ANS faria uma avaliação para decidir se o modelo deve continuar ou ser finalizado. As empresas que quiserem participar do ambiente experimental vão precisar criar e registrar o novo plano de saúde, que poderá ter coparticipação até o limite de 30%.
*Bahia Notícias
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