Nova ilha emerge do oceano Pacífico após erupção de vulcão submarino
Há pouco mais de duas semanas, no dia 10 de setembro, um vulcão submarino conhecido como Home Reef despertou de um “sono” de 16 anos e, do nada, começou a expelir lava e rocha nas águas do oceano Pacífico, próximo às ilhas centrais do reino de Tonga, na Oceania. Aos poucos, os destroços acumulados formaram uma nova ilha de 4 mil metros quadrados e 10 metros de altura.
De acordo com um comunicado publicado pelos Serviços Geológicos de Tonga (TGS) no Facebook, apenas dez dias depois, no dia 20, a nova ilha já estava com 24 mil metros quadrados, uma expansão de seis vezes.
Apesar disso, é bem provável que ela vá se desgastando com a ação erosiva do mar e do vento, e acabe afundando. A última ilha nascida do Home Reef, em 2006, levou um ano até que as ondas corroessem sua crista.
Por que o Home Reef produz tantas “ilhas”?
Desde 1852, o Home Reef já “fabricou” cinco ilhas em outros episódios eruptivos, algumas delas com alturas entre 50 e 70 metros, sendo que uma ilha de 1984 tinha até uma lagoa. De acordo com os geólogos, o monte submerso responsável pelo surgimento dessas ilhas efêmeras fica em uma conhecida zona de subducção (afundamento de placas).
Chamada de fossa de Kermadec, a região é formada por algumas das estruturas tectônicas mais “velozes” do mundo. isso acontece porque a placa do Pacífico desliza sob as placas de Kermadec e Tonga a uma impressionante velocidade de 24 centímetros por ano. Essas características se combinam para formar a segunda fossa mais profunda do mundo e um arco vulcânico muito ativo.
Apesar da formação insular, o TGS esclarece que são baixos os riscos da erupção atual para a aviação, bem como para os habitantes dos arquipélagos vizinhos de Vava’u e Ha’apai. No entanto, os marinheiros são desaconselhados a se manter a menos de 4 quilômetros do Home Reef.
*TecMundo
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