Cobertura vacinal contra o sarampo no Brasil registra baixa imunização
A cobertura vacinal com a primeira dose da tríplice viral, que protege contra o sarampo, registrou uma queda em média 1,2% a cada ano no Brasil. A queda levou o Brasil a estagnar no patamar em que leva o número de crianças desprotegidas, inferior a meta do Ministério da Saúde, de 95%.
Nos últimos três anos, a cobertura com o esquema completo de vacinação está inferior a 65%.
Os dados foram divulgados por um estudo conduzido pela Universidade de São Paulo (USP) e da Fiocruz.
A pesquisa publicada na revista científica PLOS Global Public Health, estudou os dados de imunização nas 5.565 cidades do país no período de 15 anos.
Foi observado uma queda de, em média, 1,2% a cada 12 meses no país. No entanto, as cidades de baixa renda registraram uma diminuição maior que os munícipos de maior renda que tiveram um declínio de 0,64% a cada ano.
“A queda na cobertura da vacina tríplice viral de primeira dose no Brasil é generalizada, mas declínios mais acentuados têm sido observados nos municípios mais carentes. Para promover a equidade vacinal e prevenir futuros surtos, mais pesquisas são urgentemente necessárias para compreender os mecanismos causais subjacentes às associações observadas entre a cobertura e a privação da vacina tríplice viral no nível municipal”, revelaram os pesquisadores.
Por fim, foi destacado ainda que a continuidade do declínio depois de 2020, último do levantamento. A que segundo eles, também foi mundial “continuou durante a pandemia de Covid-19, e 2021 teve a menor cobertura desde 2008 em todo o mundo”, de acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Foi ressaltado também que o Brasil foi “identificado como um dos principais dez países no mundo com a maior proporção de bebês que não receberam uma dose do tríplice viral”.
*Bahia Notícias
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