Estado inaugura primeira loja Afrocolab da Bahia, em Salvador, com 43 marcas baianas
A perspectiva do black money, economia paralela entre pessoas pretas e negras, é mobilizadora de uma das ações de combate ao racismo do Governo da Bahia, que dá espaço à primeira Loja Colaborativa Afrocolab, inaugurada nesta segunda-feira (6), na capital baiana. A loja, localizada no Piso L1, do Salvador Shopping, conta com 43 marcas baianas lideradas por empreendedores negros que criam na moda, decoração e estética.
Com recursos estaduais, através da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), em parceria com a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), por meio do Centro Público de Economia Solidária da Região Metropolitana de Salvador (CESOL/RMS), a loja colaborativa também tem áreas voltadas para formação e capacitação, coworking, espaço para eventos e em breve terá uma seção de serviços, com espaço para massoterapeutas, trancistas e manicures. Além de assistência técnica especializada para os empreendedores.
A secretária da Sepromi Ângela Guimarães destacou a importância de o Governo apoiar e valorizar o empreendedorismo negro. “Essa é a primeira loja colaborativa do empreendedorismo negro na Bahia. Uma ação lançada em julho, mas que a gente está desde o início do ano fazendo articulações, pactuando com parceiros privados de outras secretarias, autarquias, empresas públicas, organizando essa rede do empreendedorismo, que já é um ecossistema potente no nosso estado. Só precisava de apoio em toda a sua cadeia produtiva, desde o financiamento até o escoamento da produção”, explicou a titular da pasta.
Hana Sofia Eid, empreendedora da Luz de Leão, comemorou a participação de sua marca. “Eu acho uma oportunidade única estar aqui dentro do shopping, fortificando o Black Money. Consumir e comprar de pessoas negras é muito importante. Além de vender, estou conhecendo o trabalho dos meus colegas e, de uma certa forma, fortificando esse espaço”.
Quem foi conhecer as instalações da Afrocolab, a exemplo da professora Simone Marques, aprovou. “A impressão é a primeira que fica, e a loja está muito bem arrumada, organizada. As roupas lindíssimas, os tecidos africanos. Eu amei, adorei, fui convidada por um amigo e estou aqui para valorizar e cultuar nossa matriz”, afirmou a professora.
Outras seis lojas Afrocolab serão abertas no Pelourinho, estações de metrô, aeroportos e odoviárias da capital e interior da Bahia e outros shoppings centers, por meio da articulação da Sepromi com as secretarias estaduais de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Infraestrutura (Seinfra) e da Cultura (Secult), por meio do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC).
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