Audiência Pública na ALBA discute crise na região do sisal

Foi realizada, pelas Comissões de Agricultura e Política Rural e Infraestrutura e Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa da Bahia, uma audiência pública, nesta terça-feira (7), para debater a crise da região sisaleira. O evento ocorreu na sala da Comissão de Agricultura. A audiência foi solicitada pelo deputado estadual, Luciano Araujo (Solidariedade), numa reunião do Colegiado realizada no dia 31 de outubro, e aprovada por unanimidade pelos pares.

De acordo com Luciano Araujo, a região passa por três graves problemas: o preço mínimo do sisal; a seca na região e os problemas relacionados ao Ministério Público do Trabalho.”Sobre a questão do preço mínimo do sisal, já está sendo solucionado pelo Governo Federal. Mas há a questão da seca na região. É uma das maiores dos últimos anos. O sisal quando murcha fica impossibilitado de ser extraído, isso inviabiliza no impacto do setor”, disse.

Segundo o parlamentar, o Governo Federal vai liberar R$10 milhões para a compra da produção da fibra ao preço mínimo de R$3,36, e o Governo do Estado se comprometeu em apoiar no armazenamento.”Considero que a crise tem a ver também com a atuação do Ministério do Trabalho na perseguição dos produtores. Eles chegam afrontando os produtores, os trabalhadores precisam sair do campo do sisal. Esta fiscalização não deve ser feita dessa maneira, com agressões, e parando os motores do sisal. Para isso, é necessário o empenho de todos, não só os deputados e prefeitos da região, mas dos governos estadual e federal”, avaliou Luciano Araujo.

O presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural, Manuel Rocha (UB), afirmou que “a iniciativa da realização da audiência surgiu a partir de uma visita realizada na região sisal, que teve como anfitrião o deputado Luciano Araujo na cidade de Valente. Na ocasião, tivemos a oportunidade de conhecer as necessidades sofridas pelos produtores do sisal. O nosso estado é o maior produtor de sisal do mundo, 90% da produção nacional está no nosso estado, e por isso, precisamos fortalecer a produção para que gere cada vez mais emprego e renda para o nosso povo”, disse.

Por Bahia Economia

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