Jaques Wagner avisa a Lula que não quer ser candidato, e aliados buscam solução na Bahia

O senador Jaques Wagner (PT) indicou a aliados e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que não deseja ser candidato ao Governo da Bahia nas eleições de outubro deste ano.

Com o recuo, aliados tentam construir uma nova alternativa para concorrer ao governo e liderar grupo político que comanda o estado há 15 anos. A sucessão na Bahia promete uma disputa acirrada entre o grupo governista e o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), pré-candidato da oposição.

O favorito para assumir a candidatura ao Governo da Bahia é o senador Otto Alencar (PSD), ex-adversário que se tornou aliado do PT em 2010 e é visto dentro do grupo como um nome confiável.

A escolha, contudo, enfrenta resistências do comando nacional do PSD, que prefere ver Otto concorrendo à reeleição.

A disputa para o Senado é considerada mais tranquila frente à falta de um nome de maior musculatura para o cargo no campo da oposição.

Diante do impasse, surgiu na mesa de negociações uma terceira alternativa: a escolha de um novo nome do PT para concorrer ao governo no lugar de Jaques Wagner e a manutenção de Otto como candidato ao Senado.

A reportagem apurou que o recuo de Wagner desagradou ao ex-presidente Lula, que via o palanque na Bahia como pacificado. Em uma reunião entre ambos na terça-feira (22), em São Paulo, ficou decidido que os nomes para a sucessão na Bahia seriam definidos em, no máximo, uma semana.

Na noite desta quarta-feira (23), o imbróglio foi tema de uma conversa entre Jaques Wagner e Otto Alencar. Após a reunião, Otto afirmou que não houve definição e o cenário segue o mesmo.

Via Jornal de Brasília

Os comentários estão fechados, mas trackbacks E pingbacks estão abertos.