Escritora Coiteense lança livro que fala sobre a Comunidade Quilombola do Maracujá

A escritora coiteense Raiane Cordeiro de Araújo, foi entrevistada no Programa Informe Bahia, transmitido pelas redes sociais (Facebook e Yutube), na oportunidade a professora falou da ideia em escrever o livro e o que conta a história da Comunidade Quilombola do Maracujá, no município de Conceição do Coité (BA).

O custeio do projeto foi com recursos próprios, a mesma espera que as vendas dos livros sejam um sucesso. Raiane vai doar um livre para cada escola do município, o evento deve acontecer no auditório da Câmara de Vereadores, ainda não tem data definida.  

Ainda segundo Raiane, o livro “A riqueza do lugar: história da Comunidade Quilombola do Maracujá” foi idealizado pela professora, e escrito a partir das vozes das anciãs da localidade e das ilustrações das crianças do 4° e 5° ano (turma multisseriada) do Ensino Fundamental, Anos Iniciais da Escola Municipal Maria Rita Marcelina Silva.    

A história se passa na Comunidade Quilombola do Maracujá, localizada a cerca de 20 quilômetros da sede da cidade de Conceição do Coité, no interior da Bahia, onde vive um grupo de pessoas que tem uma história de luta, resistência e esperança. A comunidade enxerga nas crianças e nos jovens uma oportunidade de realização de sonhos, o que pode ser facilmente percebido através das histórias recontadas pela griô dona Dandara, que, por convite da professora, vai até a escola para contar aos estudantes um pouco do que sabe sobre o surgimento da comunidade e das pessoas que nela habitam. Toda narrativa se passa em uma aula diferente, rica em culturas e ensinamentos na sala de aula do 4° e 5° ano (multisseriada) do Ensino Fundamental, Anos Iniciais da Escola Municipal Maria Rita Marcelina Silva.

O processo de construção do livro se deu de forma dialógica, ao longo de cinco meses de diagnóstico, estudo, observação e intervenção, efetivados por meio de entrevistas com as anciãs, lideranças e professoras da comunidade e de oficinas de contação de histórias realizadas com as crianças. O material visa, acima de tudo, apresentar um caráter interdisciplinar, englobando conteúdos históricos, literários, sociológicos, geográficos e de tantas outras inúmeras interfaces pensadas para a construção desse material, além de ser uma oportunidade para o fortalecimento de discussões sobre alteridade.

Embora o livro tenha sido pensando para o público infantil, ele é direcionado para todas as pessoas que sejam amantes da leitura e de debates que envolvem os aspectos das diferentes culturas e diferentes histórias que permeiam a formação do povo brasileiro. Nessa perspectiva, a professora/pesquisadora intenciona que o paradidático possa ser utilizado nas escolas públicas municipais da cidade de Conceição do Coité, e, por isso, distribuirá, de forma gratuita, um exemplar para cada escola pública municipal e para a biblioteca local, a fim de transformá-lo em um documento de identidade, emancipação, reconhecimento e luta, tornando a comunidade conhecida pelo máximo de pessoas possíveis e servindo como material de apoio no município e como uma opção lúdica e responsável para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.

Os comentários estão fechados, mas trackbacks E pingbacks estão abertos.