Pix lidera volume de transações no Brasil em 2022 e supera cartões

Foto: Freepik

O Banco Central do Brasil divulgou novos dados sobre as transações financeiras realizadas no país no ano de 2022. O maior destaque é o Pix, que em apenas dois anos virou a ferramenta com maior quantidade anual de transações entre o público.

De acordo com o BC, o Pix já é responsável por 29% das transações realizadas no Brasil – ultrapassando, pela primeira vez, em volume as compras e transferências feitas via cartão de crédito (20%) e cartão de débito (19%), que antes eram as líderes do setor.

O gráfico abaixo mostra essa e outras mudanças no setor de pagamentos no país.

Já o boleto bancário segue em baixa nos últimos quatro anos e agora responde a 11% das transações. O ranking leva em conta ainda o uso de cartão pré-pago (9%), débito direto (9%) e outras formas defasadas que ficaram abaixo dos 2%, como cheque e transferências interbancárias.

O Pix é realmente um fenômeno nacional

Pesquisas anteriores já indicavam que o Pix era o meio de pagamento favorito do brasileiro no ano passado. Mudança essa que acelerou até mesmo o processo de encerramento do DOC – previsto para 2024 –, modalidade de transferência que se tornou redundante com o novo formato digital e instantâneo.

Segundo o Banco Central, a popularização do Pix também aumentou consideravelmente a quantidade de transações per capita — ou seja, os pagamentos feitos entre pessoas por meios que não são via dinheiro em espécie.

O baixo custo e a facilidade de uso são tidos pela instituição como os principais motivos para a adoção tão rápida do meio de pagamento em território nacional.

Aceita Pix? Certamente, uma das frases mais ditas pelos brasileiros em 2022

Lançado oficialmente no final de 2020 e operando de forma ampla a partir do ano seguinte, o Pix nos últimos meses ganhou melhorias de segurança para evitar fraudes e foi considerado o segundo maior meio de pagamentos instantâneos do mundo.

“A evolução da quantidade de transações por meio do Pix demonstra que esse instrumento teve importante papel no significativo aumento na quantidade de transações do ecossistema de pagamentos como um todo, proporcionando a participação de pessoas que nunca haviam realizado transferências”, ressalta o chefe do Departamento de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro (Decem), Angelo José Mont Alverne Duarte.

O Relatório de Economia Bancária (REB) completo, provavelmente com dados ainda mais impressionantes sobre a adoção do Pix no Brasil, será publicado pelo Banco Central na próxima terça-feira, 6 de junho.

*TecMundo

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